Metodologia de pesquisa utilizada

Introdução

Dr. Ian Stevenson – americano, que foi chefe da Divisão de Parapsicologia do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Virginia, EUA, num trabalho que durou mais de trinta e oito anos, pesquisou e arquivou mais de 2.600(dois mil e seiscentos) casos, na sua maioria de crianças, que, em dado momento de suas vidas, sem uma razão muito clara para isso, passaram a dizer que tinham sido outra pessoa em outra vida diferente, lembrando-se com impressionante nitidez de fatos e situações vividas, assim como de nome de pessoas e cidades.
Em seu método, o Dr. Stevenson busca a comprovação da reencarnação através das ditas “marcas de nascença”, que demonstram que as pessoas além de trazerem marcas semelhantes a de seus antepassados já falecidos, traziam também inconfundíveis traços de sua personalidade, tão marcantes que indicam tratar-se do mesmo espírito, agora em corpo diferente
               Em 1997, o Dr. Stevenson publicou um trabalho entitulado Reincarnation and Biology(Reencarnação e Biologia). No primeiro volume, ele descreve marcas de nascimento na pele de bebês recém-nascidos que não podiam ser explicadas pela herança genética. No segundo volume, ele se concentra em deformidades e outras anomalias com as quais as crianças nasciam que não podiam ser explicadas pela herança genética, nem por ocorrências pre-natalinas ou perinatalinas (durante o nascimento). Este trabalho contém centenas de fotos que documentam as evidencias.
               Aproximadamente 35% das crianças que afirmam lembrar-se de vidas anteriores têm marcas de nascimento ou defeitos de nascimento que combinam perfeitamente com os ferimentos da pessoa que elas afirmam terem sido em outra vida, ou marcas que essas pessoas tinham.
               Em 43 dos 49 casos nos quais um documento médico (normalmente um relatório de autópsia) foi obtido, foi confirmada correspondência entre os ferimentos mortais recebidos na vida anterior e as marcas ou defeitos de nascimento da criança
Metodologia de pesquisa utilizada   
Segundo Tom Schroeder, jornalista do Washington Post, que acompanhou Stevenson pela India, Líbano e Estados Unidos, Stevenson estudou esses casos como um detetive policial. Ele seguiu relatos iniciais até à fonte, entrevistou testemunhas em primeira mão, examinou e, em alguns casos, cruzou informações identificando testemunhas que pudessem corroborar ou discordar de um testemunho-chave. Ele confrontou testemunhos verbais com registros escritos sempre que possível, considerou razões prováveis para uma mentira, ou auto-ilusão, buscou caminhos normais através dos quais a criança poderia ter obtido conhecimento sobre a identidade de uma possível vida passada, buscou conexões ocultas entre a criança e sua família com a família da pessoa falecida. Não apenas isso: um colega de Stevenson aplicou testes psicológicos nas crianças que fizeram relatos sobre vidas passadas e, depois, comparou-os ao teste de crianças comuns. Notavelmente, não surgiu qualquer grau de patologia psicológica naquelas que falavam sobre existências anteriores. Elas se mostraram saudáveis, um pouco mais inteligentes e menos sugestionáveis do que a média. Seus professores as consideraram bem ajustadas, mas os pais não muito. É possível entender que os pais de uma criança que afirme não pertencer àquela determinada família tenham dificuldades para lidar com ela.
O caso "Maha Ram"
Um jovem indiano recordava-se, quando criança, de ter sido um homem chamado "Maha Ram". Após investigar o caso, descobriu-se que tal homem existiu e tinha sido morto com uma espingarda, disparada à queima roupa no peito. Posteriormente, ao comparar as marcas no peito do jovem com um desenho obtido junto a documentos da autópsia de Maha Ram, verificou-se que os ferimentos combinam perfeitamente com as marcas.

Ao lado, a foto do peito do jovem indiano
Ao o desenho da autópsia de "Maha Ram". Os círculos mostram as feridas causadas pelo disparo de espingarda que o matou

O caso do homem Tailandês  
A figura ao lado mostra uma grande anormalidade na nuca de um homem tailandês que, quando criança, recordava-se de ter sido, na vida anterior, o seu tio, que foi golpeado na cabeça com uma faca e morreu quase instantaneamente 
Este homem também tem o dedão do pé direito deformado e o seu tio (ele em outra encarnação), tinha também sofrido uma terrível infecção no mesmo dedo do pé direito alguns anos antes de morrer.
O caso da criança Indiana    
A foro abaixo mostra a mão de uma criança da India, que nasceu praticamente sem dedos na mão direita. dizia lembrar-se de outra vida, que posteriormente descobriu-se ter sido um rapaz de um outro vilarejo, já falecido, que realmente tinha existido e que perdeu os dedos da mão direita num acidente em uma máquina cortadora de forragens.
A maioria dos casos congênitos deste tipo são extremamente raros, mas envolvem apenas o encurtamento das falanges médias. No presente caso, sequer haviam os ossos das falanges
O caso william George 
Um caso relatado por Stevenson é o do pescador Willian George, membro da tribo dos tlingits, Alasca, Estados Unidos. Em várias ocasiões, conversando com seu filho e sua nora, ele disse que iria reencarnar como filho deles e que seria reconhecido pelas marcas que traria no corpo, semelhantes às que tinha no ombro esquerdo e na face interna do antebraço. Em julho de 1.949 entregou a seu filho um relógio de ouro que estimava muito, pedindo que o conservasse para quando retornasse em outra existência. No mês seguinte Willian George saiu para pescar e desapareceu, sem que seu corpo fosse jamais encontrado”.
“Pouco tempo depois sua nora engravidou e, a 5 de maio de 1.950, deu à luz a um menino. Durante o parto ela sonhou que seu sogro aparecera e, quando voltou a si depois do parto, esperava ver o sogro (talvez como um espírito) em sua forma adulta anterior. Mas o que viu foi um bebê robusto que trazia em seu corpo sinais exatamente iguais aos que seu sogro tinha em vida e também nas mesmas regiões. A identificação dessas marcas de nascença levou os pais a chamá-lo de Willian George Júnior”.
“À medida que o menino crescia, mostrava traços de gostos, aversões e aptidões semelhantes aos do avô. Este, por exemplo, costumava virar o pé direito para fora, hábito que o menino também apresentava. Os traços faciais, a tendência à irritabilidade, o hábito de dar conselhos, o conhecimento de pesca e de barcos e dos lugares onde havia mais peixes eram semelhantes aos do avô, e, o que é bastante estranho, o jovem tinha um incomum medo da água. Também era mais sério e sisudo que seus companheiros”.
“Além dessas características, o menino mostrava marcante identificação entre a sua personalidade e a do seu avô, dizia que a tia-avó era sua irmã e tratava os outros como se fossem filhos ou filhas”.
“Quanto ao relógio de ouro, um dia sua mãe resolveu examinar as jóias que possuía e tirou-as juntamente com o relógio, do porta-jóias. Quando o garoto viu o que ela estava fazendo, agarrou o relógio dizendo que era seu e só com muita dificuldade a mãe conseguiu que ele o devolvesse”.
“Os familiares do menino, que foram cuidadosamente inquiridos pelo pesquisador, afirmaram, categoricamente, que jamais haviam falado sobre o relógio ou mencionado as palavras de Willian George”.

O caso da menina Preeti  
Trinta e sete anos após iniciar suas pesquisas na índia, o dr. Stevenson voltou ao país em companhia de Tom Shroder para investigar o caso de uma menina de sete anos chamada Preeti. Quando foram à sua casa, o pai, Tek Ram, disse que assim que aprendera a falar, Preeti tinha afirmado para os irmãos: "Essa casa é sua, não é minha. Esses são os seus pais, não os meus". Depois dissera à irmã: "Você só tem um irmão, eu tenho quatro". Disse ainda que se chamava Sheila, e deu os nomes de seus "verdadeiros" pais, implorando para ser levada para casa, na cidade de Loa-Majra, onde Tek Ram e a esposa nunca tinham estado. Eles disseram para ela parar de falar bobagens e ignoraram o caso.
Mas, aos quatro anos, Preeti pediu ao vizinho, um leiteiro, que a levasse para a vila. O leiteiro repetiu a história da menina para uma mulher que havia nascido em Loa-Majra e perguntou se ela conhecia alguém com os nomes que a menina disse que seus pais tinham, e se eles tinham perdido uma garota chamada Sheila. A mulher respondeu que conhecia, e que a filha deles, Sheila, tinha sido morta, atropelada por um automóvel.
A história chegou até a vila e o pai da menina morta foi visitar Preeti. Segundo Tek Ram, ela reconheceu o homem e, mais tarde, quando foi até Loa-Majra, reconheceu outras pessoas.
Quando lhe perguntaram como tinha morrido, Preeti disse: "Caí do alto e morri". Quando lhe perguntaram como tinha ido parar naquele lugar, ela respondeu: "Estava sentada à beira do rio. Estava chorando. Não conseguia achar uma mamãe, então, vim para você". O que não batia com a fala de Preeti era o fato dela dizer que havia caído do alto e morrido, quando se sabia que Sheila tinha sido atropelada. Dias depois, Stevenson e Shroder puderam passar por Loa-Majra e o jornalista ficou sabendo que um relatório sobre a morte de Sheila dizia que ela tinha sido jogada a mais de três metros de altura. Outro detalhe que chamou a atenção é que, no acidente, Sheila tinha se machucado na coxa, e Preeti apresentava uma marca de nascença no mesmo local.
Conclusão
Não seria prático nem didático acrescentar todos os 2.600 casos estudados e documentados pelo Dr. Ian Stevenson nesta página. Porém, os casos relatados acima já são suficientes para provar, de forma inegável, a existência de vidas passadas.
               Pessoas que não aceitam a existência da Reencarnação tentam achar outras explicações para tais fenômenos. Uns dizem que a marca ou defeito de nascença ocorrem por "coincidência" e a criança obtém, "por telepatia", as informações sobre a pessoa que morreu com lesões similares às suas marcas.
             Tais pessoas, na ânsia de tentar negar a existência de algo, não percebem que acabam criando teorias ainda mais mirabolantes e improváveis do que aquilo que criticam.
             Além disso, de acordo com o próprio Dr Stevenson, as crianças por ele estudadas nunca mostraram poderes paranormais de magnitude, necessários para explicar tal fenômeno, e a perfeita combinação das marcas de nascença não poderia ser explicada por "coincidência".